PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
COMO CRIAR UM FUTURO COM RISCOS MITIGADOS
Por RODRIGO PALAVRO - CEO METRICS
Você já percebeu que boa parte das empresas planeja… olhando pelo retrovisor?
Quando o planejamento estratégico é só um ritual anual de fazer apresentações bonitas, cheio de gráficos que ninguém consulta no dia a dia, temos um sério problema. Não podemos confundir planejamento com previsão.
Planejamos para mitigar riscos e com isso, trazer as probabilidades de sucesso para o nosso lado.
A verdade é que planejar não é prever. É construir.
Entender isso faz toda diferença, pois permite compreender que o plano poderá passar por mudanças. Que elas fazem parte da realidade de quem executa num ambiente volátil, incerto e em constante mudança.
E aqui vai uma provocação:
“Um idiota com um plano supera um gênio sem plano.” — Warren Buffett
Seja no conselho, na diretoria ou na sua própria empresa, tudo começa respondendo com total honestidade:
1. Onde vamos jogar?
— Quais mercados, produtos, clientes e territórios fazem (ou não fazem) sentido?
2. Como vamos vencer?
— Qual é a proposta de valor? Qual estratégia nos torna relevantes e competitivos?
3. O que precisa estar funcionando para isso acontecer?
— Pessoas, processos, tecnologia, cultura, estrutura… O jogo é interno antes de ser externo.
De forma prática, o método não existe para criar documentos e sim para criar direção.
Resumindo o desenvolvimento do planejamento, teremos 4 etapas macro: Diagnóstico, Objetivos, Ações e Monitoramento.
• Diagnóstico: Encare a realidade. SWOT, PESTEL e Análise de Cenários não são só siglas bonitas, são lentes que revelam onde estão os riscos, as oportunidades e, muitas vezes, o que ninguém quer ver.
• Objetivos Claros: Metas SMART não são modinha. Elas forçam clareza. Se não é específico, mensurável, alcançável, relevante e temporal… é só um desejo.
• Ação: Plano sem execução é só PowerPoint. E PowerPoint não move negócios.
• Monitoramento: Se você não mede, não gerencia. Se não gerencia, não ajusta. E se não ajusta… já sabe o resto.
Sem gestão de riscos, não existe planejamento confiável.
Achar que planejar é desenhar um cenário sem riscos é tão ingênuo quanto perigoso.
Os riscos existem e são relevantes: Cybersegurança, compliance, reputação, mudanças regulatórias, disrupção tecnológica, crises econômicas, colapso ambiental…
E devemos ir além, não se trata de eliminar riscos, se trata de decidir quais riscos iremos escolher assumir.
E mais importante: quais você não pode se dar ao luxo de ignorar.
Tomada de decisão é a grande diferença.
Quer um dado interessante?
67% dos CEOs reconhecem que na crise… demoram demais para decidir.
E o erro mais comum?
Decidir com base na emoção, não nos dados.
Na dúvida, lembre: Decisão não é sobre ter todas as respostas. É sobre escolher qual risco assumir e agir com velocidade e responsabilidade.
Se você está na cadeira de dono, CEO, executivo ou conselheiro, guarde isso:
• Não terceirize o futuro da sua empresa.
• Planejamento não é sobre ter razão. É sobre ter direção.
• E quem não sabe para onde vai… aceita qualquer caminho.
